STARTUPS

Como este negócio fatura com a moda de produtos dos influenciadores

A Montink é uma plataforma de dropshipping, que oferece a criação de lojas virtuais sem estoque. Principal público é de influenciadores, especialmente aqueles que fazem transmissões de jogos

MARIANA FONSECA

13 SET 2020 – 06H01 | ATUALIZADO EM 07 MAIO 2021 – 06H01

Ramiro Neto, CEO da Montink (Foto: Montink/Divulgação)

Em seis anos, a Montink revirou seu modelo de negócios: o que começou com a venda de camisetas em estádios de futebol se tornou uma startup. O empreendimento aposta atualmente na criação escalável de lojas virtuais, que não precisam se preocupar com estoque ou logística.

 

O modelo de dropshipping conquistou especialmente os influenciadores, sempre em busca de novas formas de monetização. A própria Montink triplicou de tamanho durante o pico da pandemia e pretende faturar R$ 1 milhão neste ano.

 

Camisetas para futebol

A ideia para a Montink surgiu de outro negócio: o site de camisetas Futebolaria, criado em 2014. Ramiro Neto e seus amigos gostavam muito de futebol e iam aos jogos em Belo Horizonte (Minas Gerais). “Ouvíamos vários cantos das torcidas, mas só tinham camisetas oficiais dos times para venda. Decidimos fazer umas 30 camisetas com um desses cantos e vender na porta dos estádio. O estoque acabou em alguns minutos”, conta Neto.

 

Os amigos passaram então para as vendas virtuais. Havia uma seção na loja online para os compradores mandarem sugestões de frases, o que ajudaria a escalar o catálogo de produtos. O problema era não saber se essas novas mensagens realmente iriam vender. “Buscamos um fornecedor de camisetas sob demanda, mas não encontramos. Acabamos conhecendo o maquinário e montamos uma pequena fábrica própria num quarto de casa”, diz Neto.

 

O investimento inicial foi de R$ 50 mil. Os próprios sócios montavam as estampas e prensavam as camisetas. O Futebolaria cresceu organicamente e recebia de 300 a 400 ideias de estampas por dia, que iam além do futebol. Não havia braços suficientes para dar conta da criação de estampas e cadastro no site.

 

Os empreendedores decidiram transformar o Futebolaria em uma plataforma mais ampla de produtos sob demanda em 2015: a Montink. Qualquer um pode criar sua loja virtual sem cuidar de estoque e logística — modelo de operação conhecido como dropshipping. A empresa focou apenas em seu software de criação de lojas, encontrando um fornecedor sob demanda que oferecia mais opções de cores e estampas nas camisetas e a produção de outros itens, como canecas e ecobags.

 

A Montink também reorganizou sua sociedade para incluir mais profissionais de tecnologia. Atualmente, a startup é administrada pelos sócios Adriano Mourão, Andreas Piekarz, Bruno Brito e Ramiro Neto. O negócio passou por programas como Empretec, Startup Weekend, Acelera Startup/Fiesp e SEED/MG.

Crescimento com influenciadores

A principal demanda de e-commerces sem estoque e logística vem de influenciadores. O que começou com blogueiros e programas de rádio evoluiu para influenciadores em plataformas como YouTube e Twitch.

 

“Muitos influenciadores não conseguem se monetizar — apenas alguns conseguem viver de parcerias. Cada influenciador tem uma mensagem para passar e seus seguidores se identificam, então possibilitamos que eles as entreguem na forma de produtos”, afirma Neto. Outra forma de ganhos é se tornar um afiliado, recebendo uma comissão por indicar a Montink para outros empreendedores.

 

A Montink começou cobrando uma comissão de 20% sobre cada venda. Hoje, seu modelo de monetização se faz por uma mensalidade de R$ 79 ou anuidade de R$ 397. A plataforma de dropshipping afirma que a renda mensal dos lojistas fica entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, contando produtos e indicações.

 

A divulgação dos próprios influenciadores ajudou a plataforma a crescer nos últimos anos. A Montink também se expandiu durante a pandemia, com muitos influenciadores procurando uma forma de renda extra. O negócio triplicou o número de lojistas cadastrados e seu faturamento entre abril e julho deste ano. Atualmente, são 70 mil lojas abertas e 200 mil estampas publicadas. Cerca de R$ 2,5 milhões já foram transacionados pela Montink.

 

O plano é faturar R$ 1 milhão neste ano e R$ 2 milhões em 2021. A Montink agora está apostando em trazer mais fornecedores sob demanda para sua plataforma. Um exemplo são fornecedores de equipamentos do mundo gamer, como cadeiras e fones de ouvido. O negócio também lançará a opção dos influenciadores venderem para fora do Brasil nos próximos meses. “Abriremos o leque de oportunidades para os fornecedores e para os criadores. Com isso, também aumentamos o nosso faturamento”, conclui Neto.

A Montink é a maior e mais completa plataforma de e-commerce que o lojista tem a liberdade de criar produtos personalizados com a sua marca e não precisa se preocupar com investimento em estoque, produção e logística.

 

Conectamos o lojista ao nosso centro nervoso que já está integrado com os fornecedores que produzem sob demanda, isso significa que todo o trabalho de criação de pedidos, suporte, geração de nota fiscal, produção e envio para o seu cliente é feito de forma automática.

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